Rússia e Ucrânia trocam prisioneiros de guerra jovens e feridos


Rússia e Ucrânia realizaram uma troca de prisioneiros de guerra nesta segunda-feira (9), incluindo jovens com menos de 25 anos e outros que haviam sido gravemente feridos. Trata-se do início do que pode se tornar a maior troca da guerra até agora.
Anunciada por ambos os lados, a troca foi o resultado de conversas diretas em Istambul, na Turquia, em 2 de junho, que resultaram em acordo envolvendo pelo menos 1.200 prisioneiros de guerra de cada lado e a repatriação de milhares de corpos de pessoas mortas na guerra.
O retorno dos prisioneiros de guerra e a repatriação dos corpos são um dos poucos pontos em que os dois lados conseguiram chegar a um acordo, mesmo que suas negociações mais amplas não tenham chegado perto do fim da guerra, agora em seu quarto ano.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que seu país havia recebido o primeiro grupo de prisioneiros da Rússia e que levaria vários dias para concluir a troca.
"A troca de hoje já começou. Ela será feita em várias etapas nos próximos dias", declarou Zelensky no aplicativo Telegram.
"O processo é bastante complexo, com muitos detalhes sensíveis, e as negociações continuam praticamente todos os dias. Contamos com a implementação total dos acordos humanitários alcançados durante a reunião em Istambul. Estamos fazendo todo o possível para trazer de volta cada uma das pessoas."
Nenhum dos lados disse quantos prisioneiros foram trocados hoje, mas o Ministério da Defesa russo informou em nota que o mesmo número de militares havia sido trocado por cada lado.
O assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, disse, no fim de semana, que a primeira lista de 640 prisioneiros de guerra havia sido entregue à Ucrânia.
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